Tive insônia. Por excesso de pensamentos sobre uma questão que não me sai da cabeça desde ontem, mas que só durante a madrugada me incomodou ao ponto de tirar meu sono. Quero largar a natação. Mas não quero. Quero mais do que não quero mas sinto o peso da obrigação de ir até o fim em algo que comecei. Me cobro muito por não conseguir levar certos projetos adiante, não apenas os relacionados às atividades físicas, apesar de que esses são os piores exemplos dos últimos anos.
Mas o livro continua jogado às traças virtuais a mais de 5 anos. Mudo de ideia, mudo de personagem, mudo de fomato, só não mudo minha dedicação à escrita. Esse blog é um bom exemplo disso: não consigo escrever constantemente como deveria, como agora, com tempo de sobra, poderia. Ah, o tempo. Já falei disso aqui. Tenho tanto e tão pouco para tudo.
Mas voltemos à natação: estou em crise. O melhor horário de aula para mim vem carregado de problemas. O sol é muito forte e minha pele não aguenta. A piscina é muito cheia e dividir uma raia com mais quatro pessoas me tira do sério. Em três meses ainda acho incompreensível o tal quadro branco cheio de números e siglas que, teoricamente, deixam o treinamento do dia explícito para todos. Odeio não saber direito o que devo fazer e odeio ter que ficar imitando os outros.
Não sei se essas questões começaram a me incomodar com o passar do tempo e a ausência de grandes resultados no meu desempenho – continuo nadando mais devagar do que uma senhora que só tem uma perna -, ou porque simplesmente sou do tipo “eternamente insatisfeita” com tudo. Mas não gostaria de ser. E tenho medo de que, largando a natação, apenas confirme essa angustiante verdade.
Nesse momento queria achar um esporte para chamar de meu, abraçá-lo, enchê-lo de carinho e não largá-lo nunca mais. Queria ficar apaixonada de só pensar nele, só querer “estar com ele” o tempo todo, sabe como é?
Ainda acho que minha relação de amor com a natação não está fadada ao fracasso. Mas sou monogâmica e não lidei bem com essa “suruba aquática” que encontrei na California. Caminhada? Corrida? Luta? Crossfit? Ó céus. Nesse momento, eu só queria era ser bem decidida e resolvida.
Filha tenta uma Yoga, se a natação lhe deixa indecisa,faça somente quando estiver com vontade de nadar sem muita gente por perto . Não se exponha muito ao sol. Pense na Yoga.
Rei… nado desde os 4 anos, entres (muitas e longas) idas e vindas. É o único esporte que a que sempre fui fiel e recorri. Antes de vir pra cá, eu tava nadando mas um pouco sem paciência (dia-a-dia, preço, ter que usar carro, etc). Mas, em Montreal me achei de novo… e depois que ganhei um mp3 player à prova d’água, eu só termino de nadar um estilo/sequência depois que tal música acaba. Não é um paraíso (raias cheias, o audio é 70% legal, preciso entender o francês das pessoas), mas nadar me ampara… e despreocupei um pouco com silhueta, só quero o sangue circulando e a respiração cheia :)
Continue que eu boto pilha! bjo
Adorei o declaração Matheus.. tenho certeza de que quando voltar pro Brasil vou atrás de umas piscina. Agora decidi que vou parar no próximo mês e se me arrepender volto com o rabinho entre as pernas.. hehe.. brigada pelo incentivo! Bjo
Dividir a raia na piscina com outras pessoas é bizarro mesmo, ainda mais embaixo de sol forte. Não é fácil mesmo achar um esporte para praticar, ainda mais sozinho. Eu tenho uma bike, mas tenho andado pouco. To pensando em voltar pra natação, mas to enrolando. Já tentei academia e é bizarro. Mas com certeza o importante é não desistir e fazer alguma coisa. Tenta caminhar e depois evoluir para corrida. Caminhar é o que eu tenho feito mais ultimamente, mas preciso voltar a correr.