Covarde

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Sabe aquela frase super clichê: “tá com medo? Vai com medo mesmo!”? Me define, já que sou um clichê ambulante, como sempre disse aos quatro ventos.

Na verdade foi Kevin Costner que me ensinou em “O Guarda-Costas” (como eu amo esse filme!) que a coragem só existe com a presença do medo (super profundo, eu sei).

Pois outro dia eu estava conversando com um amigo e ele comentou que sempre admirou meu jeito de me jogar nas coisas, novos trabalhoso, novas cidades, novos países… mas que isso também vem com o custo da falta de estabilidade. E às vezes eu penso que tudo o que eu queria era ter uma vida estável, me sentir confortável e pertencente de um lugar e ali fincar raízes.

E me desespera que isso ainda não tenha acontecido, porque ou eu desisto de procurar o que pode me fazer bem ou me conformo com o que é possível e mais fácil.

Eu sou filha de Salvador e sempre serei. Quando saí me tornei mais baiana do que nunca havia me sentido antes. Mas não sinto que aqui encontrarei a qualidade de vida com que sempre sonhei.

Existe algo em mim que nunca se conforma e esmaga a minha estagnação. Ainda assim, tenho me sentido covarde nos últimos dias. Para pequenas e grandes coisas. Para pequenos e grandes passos. Tenho medo.

O mundo não têm me ajudado a ter coragem e confiança, muito menos o Brasil. E eu só consigo pensar que estou apavorada. E, mesmo assim, devo seguir, em um momento em que “seguir” parece um tanto impossivel, improvável. Com as pequenas e grandes coisas do dia a dia. Com as pequenas e grandes coisas da vida.

Atualmente é preciso ter coragem até para acordar. Me sinto covarde. Mas acordo.

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