Uma dica fundamental para quem vai fazer uma road trip por aí: olhe a previsão do tempo de todas as cidade pelas quais você passará. Rodrigo e eu achamos que apesar de ser inverno, estaria “quentinho” em San Diego (fronteira com o México), e em Las Vegas e no Grand Canyon, afinal, o deserto estaria por ali (o Grand Canyon fica no Arizona e eu sempre ouvi falar do “Deserto do Arizona”, portanto…). Isso foi uma erro; a partir de San Diego pegamos as temperaturas mais baixas da viagem.
Em Vegas, o dia começou com cerca de 3 graus. Quando chegamos no Arizona e fomos atrás da previsão para o dia seguinte, a expectativa era de -15 C. Motivo de pânico, afinal não levamos roupas para isso. Nesse caso, procure o Target mais perto de você. Target é uma loja de departamentos que tem tudo a preços razoáveis – alguns bem baratos, outros não. Até aquele momento acreditamos que faria muito frio e só… Tolinhos.
Vestimos muitas roupas e casacos e enfrentamos um dia lindo, ensolarado e gelado no Grand Canyon. Que lugar espetacular, apesar do meu medo de algum acidente grave acontecer. Não tinha ninguém que avisasse: “não fique muito na beirada” ou “segure seu filho porque ele pode correr, escorregar e morrer com a queda”. Ninguém. É cada um por si com seus medos e bom senso.
Sei que existem ônibus por lá, mas no inverno os horários são bem escassos. O ideal é ir para o parque de carro e parar em todos os pontos de observação que aparecerem pelo caminho – são bem sinalizados e, quando não são, estão facilmente reconhecíveis por carros parados ou simplesmente pela vista espetacular aberta na lateral da estrada.
Existem trilhas para fazer a pé e de bicicleta. No nosso caso, com apenas um dia (o ingresso que você paga, acho que de 25 dólares por carro, vale por uma semana), deu para percorrer os caminhos dos dois lados indicados pelo mapa que pegamos na entrada do parque, no Grand Canyon Visitor Center. É só chegar lá que as pessoas começam a te dizer o que você deve fazer, com as devidas indicações impressas no papel.
As formações rochosas são tão lindas, tão grandiosas e tão diferentes do que estamos acostumados a ver que o marido, que odeia aparecer em fotos, passou o dia inteiro pedindo que eu o fotografasse em várias paisagens diferentes. Sério. O dia inteiro. Acho que nesse dia ele apareceu mais vezes na frente da minha câmera do que juntando todos os outros dias desses quase 5 anos de relacionamento.
No Arizona, ficamos hospedados na cidade de Flagstaff, há cerca de 1h20 do Grand Canyon (a parte sul – South Rim). Existem cidades mais próximas, mas as diárias eram caras ou não estavam disponíveis. Gostei muito de Flagstaff, achei bem fofa apesar da surrealidade da situação que vivemos por lá.
Passamos o dia de sol e frio no Grand Canyon, voltamos para a cidade, demos uma volta no centro – um coisa é certa: a cidade pode ser pequenininha, mas se tem universidade (no caso a Northern Arizona University), pode ter certeza que “downtown” vai ser repleta de barzinhos e movimento -, comemos e bebemos num bar, voltamos para o hotel e dormimos. No dia seguinte, 31 de dezembro, pegaríamos a estrada de volta para Davis, Califórnia. Mas eis que o tempo e toda nossa programação mudou.
A história continua no próximo post. :)
A gente deve ficar uns 2 dias aí, mas os hotéis são BEM mais caros que em Las Vegas, então vamos ficar só uma noite.
Ramon, veja o Super 8 de Flagastaff que é uma graça – tem até piscina aquecida e um café da manhã digno para os padrões americanos – e o preço é honesto.. bjo