Eu gosto mesmo é da banda

Sábado passado estive no meu primeiro jogo de futebol americano. O time da casa – UCDavis – recebeu o Sacramento State, time da universidade dos nossos vizinhos.

Primeira impressão esquisita do dia: tentamos entrar no campo bem na hora em que a banda tocava o hino americano, pré-partida. Não conseguimos. Todas as pessoas, inclusive os seguranças que recebiam os ingressos, viraram para o lado de onde vinha a música e ficaram imóveis, exaltando o patriotismo. Assustador.

Passado o susto do hino, entramos no estádio e, como escolhemos a opção de ingresso mais barata, ficamos no gramado – End Zone – onde as famílias levam seus cobertores e deixam as crianças enlouquecidas correndo de um lado para o outro. Foi interessante, parecia mais passeio no parque do que jogo de futebol (mas digo isso porque não ficamos no meio da arquibancada, onde os gritos inflamados dos torcedores vez ou outra ecoavam para o nosso lado).

Pela primeira vez e com as explicações do marido consegui entender um pouco como funciona esse jogo de futebol que, no fim das contas, quase não tem o pé na bola. É muita gente, um entra e sai danado, um tempo que não passa e uma confusão doida que a todo momento parecia que ía sair porrada. Não saiu.

Foram quatro horas de jogo. Nunca mais reclamarei dos 90 minutos e das partidas de futebol cheias de faltas que parecem ‘não andar’. Rodrigo, talvez por sentir saudades do Barradão e do Vitória, vez um outra berrava um palavrão em português. Ninguém entendia, claro.

Confesso que o que menos me interessou nessas quatro horas foi o jogo; me diverti mesmo com as bandas das universidades e as cheerleaders. Por exemplo: após uma observação detalhada da performance dos grupos, cheguei à conclusão que as mocinhas de Sacramento tinham mais borogodó do que as de Davis. Apesar das roupas de frio, elas dançavam numa pegada Pussycat Dolls bem mais interessante que as meninas de saia curta daqui, que só faziam os mesmos passos mecânicos dando pulinhos e balançando os pompons para animar a torcida numa tarde fria.

Porém, não teve rebolado que ofuscasse o brilho das bandas. Sou fã. Os integrantes das duas universidades e seus instrumentos se acomodaram lado a lado nas arquibancadas e sempre faziam interferências durante o jogo. Quando Davis atacava, a banda ficava de pé e tocava. Quando era a vez de Sacramento, os músicos daqui se sentavam e escutavam as músicas dos rivais.

Mas o mais legal de tudo foi o show do intervalo. Nesse momento, as duas bandas fizeram apresentações especiais. Sacramento chegou com dançarinas segurando bandeiras coloridas e fazendo coreografias, mas perdeu toda a chance de brilhar perto da apresentação simplista de Davis, sem grandes cenografias e figurinos, mas que abusou do repertório pop com músicas de Britney Spears, Destiny Child e Beyoncé – que rendeu o melhor momento de todos: ‘Single Ladies’ coreografada por vários integrantes da banda, além das dançarinas. Foi muito divertido.

No final, perdemos para os visitantes (e digo ‘perdemos’ porque, já que estou morando aqui, sou ‘Aggie’ desde criancinha).

O UCDavis Dance Team postou um vídeo com o trecho da apresentação que falei:

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Um comentário em “Eu gosto mesmo é da banda

  1. Assista “Um domingo qualquer” de Oliver Stone e pode ser que você “aprenda” a gosta de futebol americano, mas eu não tenho paciência pra uma partida de 3 horas (graças a comerciais de tv e afins). Futebol com 90 minutos já é foda! hehehehe

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