Em um fim de semana em que ouvi muito sobre mim assisti a ‘Comer, Rezar e Amar’ pela segunda vez. Nunca li o livro e acho o filme bom para passar o tempo na frente da TV. Mas especialmente nesse fim de semana ele me fez chorar e pensar. Sim, porque eu penso demais. Mas isso não quer dizer que o excesso seja sinônimo de superficialidade.
Assim como Liz pensei em quem eu sou, no meu lugar no mundo e no meu lugar perante às pessoas com quem convivo, enfim, essas baboseiras todas que enchem as páginas dos livros de auto-ajuda pelos quais sempre tive tanto preconceito. Talvez não devesse ter. Talvez eu até fosse uma pessoa melhor se os devorasse. Talvez aprendesse alguma coisa.
Talvez eu seja como Liz. Um pouco perdida. Talvez eu precise ir para a Itália, Índia e Bali para me encontrar. Talvez eu precise dançar a minha ‘Harvest Moon’ para me libertar. Talvez baste apenas ficar por aqui e aceitar que eu sou assim.
Aceitar que não gosto de discussões, de competições e de irritações. Não gosto de jogos. E talvez esse seja os dos meus piores defeitos.
Nesse momento só consigo me lembrar da ‘Oração da Serenidade’ que minha mãe sempre fez questão de deixar pregada na parede de casa – o que não deixa também de ser simbólico, nesse momento de questionamentos sobre mim, pensar nessa referência da minha mãe. Apesar do ‘direcionamento’ ao ‘Senhor’ (não acredito na sua existência e não acho que seria mais bem resolvida se acreditasse), acho que esse é um belo mantra que deve ser repetido e seguido na vida.
“Concedei-me Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras.”