Sexta feira fria. Por volta das 18h. Chego em casa após um dia de trabalho. Quero relaxar, deitar na cama, me embrulhar no edredom e assistir novelas. Eis que ligo a TV e, ao invés da programação regular, vejo a transmissão ao vivo de uma encenação religiosa.
Até escrevi algumas linhas aqui com minha opinião sobre a Igreja Católica. Não é uma opinião bonita. Mas às vezes até eu me canso de ficar batendo na mesma tecla e desisti de publicar (prega amor e não aceita o amor de todos? Prega o respeito mas não respeita a decisão de cada um sobre seu corpo? Quem não te respeita sou eu!).
Na verdade, o que tem me chocado mais do que qualquer coisa é a proporção da cobertura da visita do Papa e dessa jornada mundial da juventude. É sério. Começo a me sentir culpada por não ser beata, preconceituosa e estar enlouquecida atrás de uma batina no Rio de Janeiro.
Mas, evitando ser ofensiva demais e perder minhas muitas razões, copio aqui o link de um texto de Leonardo Sakamato, que eu acho muito coerente em diversos assuntos, e que traduziu perfeitamente meu sentimento atual por essa paixão desenfreada dos jornalistas pelos católicos. Divirtam-se.
Obs 1: O texto foi escrito no dia 20/07. Hoje é dia 26 e tudo só piorou.
Obs 2: A foto de Saramago ilustra esse post porque ele é um lindo exemplo de que ser ateu é muito bacana! :)