Essa é a mais pura verdade. E eu sou jornalista. Tenho zero de atuação no meu currículo – exceto por peças traumáticas feitas na época de escola ou um vídeo institucional que apresentei há alguns anos onde tive que fazer uma leve canastrice de início. Mas depois do capítulo de Amor à Vida que assisti há pouco tenho certeza que o talento de qualquer um para interpretação deve ser maior do que a da ruiva-adolescente mais falada nos últimos tempos.
Acho, inclusive, que Marina Ruy Barbosa deveria assumir mesmo o status de “it-girl”, “princesa” e “modelo” e largar de mão desse negócio de ser atriz. Hmmm, mas acho que isso não vai acontecer porque é a partir das novelas que surgem os contratos quase milionários com marcas de cosméticos que fazem com que ela se recuse a raspar o cabelo quando sua personagem tem câncer. E não é que agora até Carolina Dieckmann passou a merecer meu respeito?
A cena foi a seguinte: Nicole, que tem a doença em estágio avançado e pouco tempo de vida, passa mal e vai para o hospital. Aí começa a bagaceira: deitada na cama, de olhinhos fechados, começa a balbuciar palavras de um jeito que nem Ferris Bueller (ídolo de Curtindo a Vida Adoidado) cogitaria fazer para enganar os pais e evitar um dia de aula. É sério, muito sério.
Foi amador, foi tosco, foi constrangedor. E ela balbuciava as palavras com pausas dramáticas até que abriu os olhos e começou a fazer cara de louca para pedir que um mocinho dissesse que a amava. Nem a maquiagem ajudou a “coitada”: encheram alguns pedaços de sua boca com base para dar aquele aspecto apagado de doente mas deixaram os cantos rosados. Senti vergonha alheia das boas.
Eu acho mesmo é que Paolla Oliveira deve ter ficado feliz. Acharam alguém pior que ela na trama das 21h.