Viver é difícil. É realidade demais, dureza demais, exigências demais, tudo de mais. Por isso sempre fui fascinada pelo que é fantástico e suas descrições na literatura e suas aparições no cinema e na TV. Por isso o remake de Saramandaia me deixou animada.
A novela original foi exibida em 76, alguns anos antes do meu nascimento. Dela sabia o pouco que ouvi falar no Vídeo Show vez ou outra, mas nada muito detalhado.
Tanto é que tive até certas pretensões literárias frustradas ao descobrir que uma ideia que andava desenvolvendo há alguns anos – sim, anos – é característica de um de seus personagens. E eu só soube disso ao começar a ler as matérias sobre o tal remake. Juro.
Pois bem, Saramandaia estreou bem, melhor do que eu imaginava. Cheia de cores, músicas e esquisitices, do jeito que um produto ficcional pode se permitir ser para agradar em cheio a quem quer um pouco de fantasia em sua vida, nem que seja por uma hora.
Acho que essa é uma das refilmagens de novelas mais bem justificada até o momento: com o avanço da tecnologia, será possível explorar muito mais as características surreais dos personagens idealizados por Dias Gomes.
Mas eu durmo cedo e não me conformo que a Globo coloque alguns dos seus melhores programas tarde da noite – sim, 23 horas para mim é tarde da noite. Espero conseguir passar alguns momentos da minha semana por Bole-Bole. Ops, Saramandaia.
Para mais informações, eis o site oficial da novela.