Onde o mundo vai parar?

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Ontem estava eu, por aqui, me queixando da profissão que escolhi e blablablá. Aí, navegando pelas ondas internéticas, me bati (e depois me debati contra a parede por tantos absurdos lidos), com um texto assustador, publicado por um colunista de um grande jornal, falando as maiores asneiras sobre o futuro do país.

Me irritei, me manifestei nas redes sociais e não parei de pensar em como esses absurdos aparecem cada vez mais e, para meu pânico, ditos com mais autoridade por aí.

Vejam o caso do pastor, cantor e presidente da Comissão de Direitos humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano. Por questões óbvias – que têm a ver com declarações racistas e homofóbicas documentadas em vídeo para que todo mundo possa ver, rever e absorver – ele não poderia ocupar tal cargo. Ele seria a pessoa menos indicada para “defender” as minorias. Mas está lá e dificilmente vai sair. Por conchavos políticos, por medições de força, por ego, pelo escambau, ele ainda está lá.

Mas aí muitos pensam: isso tem a ver com política e a política é suja assim mesmo, não dá para mudar. Mas essa “sujeira” da política representa muita gente que vota em pastores por causa da religião. Em gente que acha absurdo que as empregadas domésticas passem a ter direitos trabalhistas em patéticos discursos de senhores de engenho que, claramente, se fosse possível, voltariam à época da escravidão. E não, esse discurso não é de poucos.

São muitos os que acham absurdo que uma mulher tenha o direito de escolher se tem condições ou não de colocar um filho no mundo e que duas pessoas do mesmo sexo possam se beijar na rua – e nem entro na questão do casamento porque só um beijo já é ofensivo o bastante.

Esse é o Brasil. Infelizmente. Assim é grande parte do mundo.

Mas hoje Daniela Mercury assumiu publicamente que está apaixonada e casada com uma mulher. Acho lindo. Na verdade acho fantástico que figuras públicas façam coisas desse tipo. Afinal, se tanta gente pode ser “guiada” a pensar absurdos contra direitos humanos básicos, quem sabe se a adoração por astros não possa ajudar a espalhar por aí os bons pensamentos?

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